Succession: o que a série nos ensina sobre planejamento patrimonial?

Vencedora da categoria “Melhor Série de Drama” do Emmy Awards de 2022, Succession retrata os conflitos experimentados por uma família em processo de sucessão. A aclamada série da HBOMax, cuja trama é inspirada em uma história real, traz ensinamentos importantes sobre planejamento patrimonial.

Qual a trama do seriado?

A narrativa é focada na Família Roy e seu império, um conglomerado de mídia e entretenimento chamado Waystar Royco. Na primeira temporada, somos apresentados a Logan Roy (Brian Cox), o patriarca que dedicou anos de sua vida para a construção dos negócios sempre atuando com mãos de ferro, e seus quatro filhos: Connor (Alan Ruck), Kendall (Jeremy Strong), Siobhan (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin).

Cada um dos herdeiros tem planos de vida diferentes. O filho mais velho, Connor, possui um único interesse: é viver em seu rancho no Novo México. Kendall é o único que já trabalha na empresa familiar e, portanto, é o favorito ao cargo de sucessor. Siobhan é a única filha mulher e trabalha como conselheira de campanhas eleitorais, e o mais novo, Roman, é um verdadeiro bon vivant que não tem interesse na empresa.

Quando se aproxima seu aniversário de 80 anos, o patriarca da família, reconhecendo sua idade avançada e sentindo uma piora no seu estado de saúde, demonstra sinais de que é chegada a hora de passar a condução dos negócios à nova geração. Porém, o simples boato de um possível anúncio do sucessor já é suficiente para gerar diversos conflitos e atritos entre os quatro irmãos, que passam a tentar provar para o pai que são capazes de assumir o cargo de CEO (Diretor Presidente) da empresa da família. 

O conflito se intensifica quando Logan Roy resolve encerrar o assunto sobre sucessão declarando que não deixará o posto de CEO, praticamente declarando não confiar em nenhum de seus filhos para assumir o comando do seu tão amado império. A notícia não é bem recebida pelos filhos, que passam a travar diversas disputas pelo poder.

Consegue notar alguma semelhança da trama com a realidade? Confira, a seguir, o que podemos aprender com o seriado.

Afinal, o que a série Succession nos ensina?

 

A dramática série Succession nos apresenta uma realidade bastante frequente em empresas familiares: a ausência de preparo para o evento de sucessão.

A dificuldade em falar sobre sucessão faz com que muitas famílias acabem por negligenciar a necessidade de se planejar e iniciar um processo de sucessão e governança familiar. Esta falta de planejamento aumenta os riscos de dilapidação do patrimônio e de conflitos entre os membros.

A verdade é que o processo de planejamento e implementação de um plano de sucessão, dependendo da complexidade da família e do seu patrimônio, pode levar algum tempo. Mesmo assim, vale a pena se preparar: a construção de um plano de forma organizada e conjunta entre os membros da família permite uma maior união e consciência tanto no âmbito familiar quanto nos negócios.

O processo de sucessão começa com a definição dos objetivos dos patriarcas e dos herdeiros. A partir do alinhamento entre esses objetivos, é possível traçar uma série de ações e apresentar estruturas que sejam condizentes com o que foi definido. 

Durante este processo, é essencial que todas as decisões da família sejam registradas em documentos. No âmbito da empresa existe o Acordo de Sócios ou Acionistas, que prevê as principais regras, direitos e obrigações da família empresária quanto ao seu negócio e sua relação com sócios/acionistas. Já no âmbito familiar, existe o Protocolo Familiar, documento que prevê princípios e valores, condutas esperadas dos membros, entre outras disposições que sejam pertinentes para a manutenção do legado da família. 

A partir da criação e do pleno conhecimento sobre estes documentos dentro da família, a relação é facilitada. É como diz o ditado: “o combinado não sai caro”. O ideal é buscar elaborar estes documentos em momentos menos sensíveis, pois é quando eles tendem a ser mais assertivos. Assim, no caso de disputas familiares, todos já têm consciência sobre o patrimônio e o legado da família.

A constante aplicação da governança na estrutura familiar, com comitês e fóruns bem definidos, permite um diálogo mais aberto, com uma melhor mediação dos conflitos e um processo de tomada de decisões mais estruturado, pautado em argumentos fortes e bem definidos. Se a família de Succession fizesse uso dessas ferramentas, certamente a trama seria bem diferente!

O processo de criação, implementação e manutenção destas estruturas, embora, em muitos casos, seja necessário, não é fácil. Por isso, muitas vezes, contar com o apoio de profissionais especializados é essencial. 

Se sua família não quer se deparar com uma situação semelhante à da família Roy e precisa de ajuda para entender quais as melhores soluções para vocês, o SOMMA Multi-Family Office pode ajudar. Entre em contato com nossos especialistas para saber mais.

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