Fundos Multimercados: o que são e como funcionam?

Em nossas publicações anteriores, abordamos o assunto de Fundos de Investimentos — suas principais classificações e vantagens. Dando continuidade ao assunto, no conteúdo de hoje, falaremos sobre mais uma classe de fundos: os fundos multimercados.

Uma das principais características desse tipo de investimento é a versatilidade. Diferentemente dos fundos de ações, e dos fundos de renda fixa, que devem investir no mínimo 67% e 80% de seu patrimônio, respectivamente, em suas classes de ativos, os multimercados não precisam se sujeitar aos limites de concentração por emissor para investir em determinados tipos de ativos — desde que esteja previsto no regulamento.

Dessa maneira, o gestor possui mais liberdade ao traçar estratégias para o fundo, pois pode alocar seu patrimônio em diversas categorias —desde ativos de renda fixa, renda variável, até commodities, câmbio, investimentos no exterior, entre outros.

Assim como outros tipos de fundos, a compra e venda dos ativos depende do gestor, bem como a estratégia de alocação – que é também estabelecida no regulamento de cada fundo. Entretanto, é importante que o investidor tenha conhecimento do regulamento e da estratégia do fundo, pois por conta de toda a flexibilidade de gestão que essa classe possui, é possível encontrar fundos multimercados com diferentes volatilidades e riscos associados. Tendo esse conhecimento, o investidor pode tomar uma decisão mais assertiva ao escolher um fundo que se alinhe mais com os seus objetivos e que se adeque ao seu perfil de investidor.

Uma das principais vantagens desse tipo de investimento é a diversificação. Desse modo, o investidor que compra cotas de um fundo multimercado está acessando uma ampla gama de ativos, e o melhor: com uma gestão profissional — o que é uma ótima opção para quem busca praticidade na hora de investir.

Todavia, há uma remuneração pela gestão desses fundos através da taxa de administração. Além disso, outro custo comum em fundos multimercados é a taxa de performance — caso a rentabilidade do fundo exceda o índice de referência, o investidor paga um percentual desse excedente ao gestor pela performance alcançada.

Em relação à tributação, existem dois impostos que podem incidir nos multimercados: o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR (Imposto de Renda).

O IOF só é cobrado no caso de o resgate ser realizado em um período menor que 30 dias a partir da aplicação.

No que diz respeito ao Imposto de renda, os fundos multimercados seguem a tabela regressiva, entretanto, a alíquota é aplicada de acordo com o grupo em que o fundo estiver enquadrado. Para efeito de tributação, as carteiras podem ser consideradas de curto prazo (constituída por ativos com vencimento, em média, abaixo de 365 dias) ou longo prazo (compostas por ativos com vencimento, em média, acima de 365 dias), conforme as tabelas abaixo:

Por fim, há a incidência do imposto come-cotas — recolhido antecipadamente no último dia útil dos meses de maio e novembro.

Referente ao resgate, pelo fato dos multimercados possuírem uma variedade de ativos em carteira, sendo alguns deles com pouca liquidez, pode fazer com que os prazos de resgate dos multimercados sejam mais longos que os de outros fundos, entretanto, isso nem sempre ocorre.

Outro ponto importante a ser observado é o risco envolvido nesse tipo de investimento. Assim como em qualquer outro tipo de investimento, os multimercados também possuem os seus riscos. Entretanto, o grau de risco está ligado às estratégias e classes de ativos alocadas em cada fundo, por isso é importante observar o regulamento antes de decidir em qual fundo investir.

Agora que você já sabe o que são e como funcionam os fundos multimercados, não deixe de conferir o nosso próximo conteúdo que apresentará um dos fundos multimercados da casa: o SOMMA Polaris.

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