Conforme comentamos no post anterior, observamos um movimento expressivo de pessoas buscando melhores opções para rentabilizar seus recursos que, até então, ficavam aplicados em produtos pouco atrativos, como, por exemplo, a caderneta de poupança.
Ao constatar essa demanda crescente, a SOMMA se organizou de tal forma a prestar o serviço de gestão de carteira de investimentos no Multi-Family Office. Através de um processo que poderá ser tópico de futuras publicações, os gestores acompanham a carteira do investidor e sugerem mudanças para os recursos já aplicados e oportunidades de novos aportes. A operacionalização na plataforma, ou seja, a compra e venda de determinado produto, é realizado por meio de uma corretora parceira, deixando todo o trabalho burocrático e operacional conosco. Além disso, para realizar essas alocações, no momento da assinatura do contrato, é oferecido ao cliente dois tipos de gestão, sendo elas: compartilhada ou discricionária.
No primeiro caso, nós conversamos com o cliente antes de efetuar as movimentações, garantindo que sempre estará ciente do que está acontecendo com sua carteira e ter o poder de vetar mudanças que vier a discordar ou tirar dúvidas sobre a proposta. Todavia, essa gestão pode levar à perda de momentos oportunos para compra de um ativo dado o tempo entre conversar com o cliente e realizar a operação. Algumas oportunidades podem ser identificadas com antecedência, tal como a emissões de ações, FIIs ou Certificados de Recebíveis, enquanto outras como operações em bolsa podem durar minutos.
Já no segundo tipo de gestão – discricionária, a SOMMA realiza as operações que acredita serem convenientes sem antes repassar ao cliente, podendo captar oportunidades interessantes por não precisar aguardar aprovação. Nesta modalidade de contrato há, em certa medida, uma grande confiança do investidor nas decisões que tomamos. Por conta disso, salientamos a importância do próximo tópico em que vamos explicar um pouco mais sobre uma diretriz que seguimos e consideramos relevante para que consigamos prestar nosso serviço de maneira adequada.
PREMISSA BASE: Alocar o recurso e acompanhar até maturar
Há tantas formas de gerir carteira quanto número de investidores, por isso é imprescindível traçar uma estratégia de alocação e se manter firme a ela, porém sempre atento para realizar pequenos ajustes ao longo dos anos. Isso se justifica pelo que podemos chamar aqui de tempo de maturação de um investimento, ou seja, período necessário para que a alocação possa se beneficiar do mercado, cenários esperados e se recuperar de instabilidades econômicas. Por esse motivo, é de extrema importância compreender e identificar o que é esperado de um ativo para que possamos analisar quando manter, vender ou alocar mais recursos.
Como exemplo prático, gostaríamos de mostrar uma oportunidade que captamos no início de março. Trata-se aqui da abertura pontual da curva de juros brasileira – juros mais altos – fazendo com que possamos comprar um título que antes valia 1.000 reais e entregaria 2.000 reais no futuro por 800 reais e receber os mesmos 2.000 reais no vencimento, ou seja, comprar com desconto de 20%. Vamos ver isso melhor com o histórico de preços do Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal 2035) plotados no gráfico abaixo:
Conforme exposto no gráfico acima, quando comparamos o preço desse título a partir de 11 de março com os anteriores, vemos como surgiu a oportunidade de comprá-lo com desconto dado que, no vencimento, o valor de quem comprou 1 quantidade a 2.000 reais vai receber o mesmo de quem pagou 1.600 reais por ela, gerando um ganho maior para esse último comprador.
Pensando em cada produto da carteira, uma questão importantíssima é compreender o motivo de se ter alocado no ativo e qual o propósito dele dentro da carteira de investimento do cliente. Pode-se ter, no exemplo que demos, a expectativa da taxa cair a ponto de o preço futuro do título superar o valor no vencimento, gerando um investimento mais rentável quando vendido antecipadamente. Sendo assim, ao longo dos meses, o título pode oscilar entre rentabilidade negativa ou positiva, porém o cliente não irá se desesperar com essa variação de preço porque entende a dinâmica do ativo e sabe, ou confia que nós sabemos quando o produto deve ser vendido, mantendo-se tranquilo ao esperar o seu investimento maturar.
Para além do tempo de maturação, devemos ressaltar o impacto avassalador da tributação de Imposto de Renda e IOF, além de corretagem e emolumentos, que devem ser desembolsados quando ficamos comprando e vendendo ativos no curto prazo, impactando diretamente a rentabilidade da carteira, beneficiando, em grande medida, as corretoras e o governo.
Tendo em vista essas questões, optamos por não movimentar em excesso a carteira dos clientes, permanecendo posicionados em uma estratégia e esperando colher seus frutos. Acreditamos que essa seja a melhor forma de garantir que o cliente não perca dinheiro e consiga rentabilizar adequadamente seu patrimônio de acordo com seu perfil e necessidades.